Buda

"A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; O que você sente, você atrai; O que Você acredita, torna-se realidade."
Boa leitura

Vitórias

"Há vitórias que exaltam, outras que corrompem, derrotas que matam, outras que despertam." Antoine de Saint-exupéry
"Gosto da sinceridade das horas que não falamos absolutamente nada. Só assim tudo é dito em absoluto." (CLARICE FREIRE)

Se sentindo romântico

"Mesmo que o tempo me leve a lugares distantes e me faça esquecer parte da minha vida. Haverá sempre lembranças de você. Prometi guarda-la em minha alma e não no meu coração, porque um dia meu coração deixará de bater, mas minha alma jamais deixará de existir..."

Turismólogo

Turismólogo
Este profissional pode assumir o papel de empreendedor, gestor e administrador, integrando todas as atividades do setor de turismo. Poderá atuar ainda em empreendimentos de turismo, na organização e administração de empresas e empreendimentos turísticos, no planejamento e execução de projetos de turismo regional, nacional e internacional, na programação e organização de atividades de lazer, na docência de cursos profissionalizantes de Turismo, na identificação e avaliação de potencial turístico. No decorrer do curso são desenvolvidos programas de qualidade voltados para o turismo, visando à satisfação do consumidor, à preservação do meio ambiente, à qualidade de vida das populações regionais, ao desenvolvimento sustentável, à formação de mão-de-obra qualificada. O profissional pode atuar em setores de empresas públicas ou privadas, relacionados ao turismo e meio ambiente, empresas de turismo e meio ambiente, escolas, universidades. (UNESPAR/CAMPUS CAMPO MOURÃO, 2014)

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O PROCESSO DE REDUÇÕES DE GUAIRÁ E CONQUISTA DOS SETORES E DOS CAMPOS DE GUARAPUAVA E PALMAS


Cinthian Baia (2012), retrata que os Campos de Guarapuava, geograficamente, compreendem os territórios localizados entre os rios Ivaí, Uruguai e Paraná. Quando das primeiras tentativas de sua conquista e ocupação, em meados do século XVIII, os campos pertenciam à Capitania de São Paulo, assim como a maior parte do território que passou, a partir do século XIX, a corresponder ao espaço político da Província e, posteriormente, do Estado do Paraná.

Ainda de acordo com a mesma, a ocupação e apropriação das terras dos Campos de Guarapuava se desenvolveram em dois momentos históricos, cada um envolvendo interesses definidos. As primeiras tentativas de ocupação desses campos ocorreram em meados do século XVIII, tendo em vista o interesse da Coroa Portuguesa em estender para o oeste da América do Sul seus domínios territoriais. 

Contudo, vale salientar que a ocupação de novas áreas além de atender aos interesses políticos da Metrópole Colonial Portuguesa também atendia as necessidades econômicas da época, visto que poderia incorporar localidades abastadas de ouro e diamante, enriquecendo, desta forma, o “Real Erário”. Porém, as primeiras tentativas de ocupação não atingiram essas finalidades, sendo tais objetivos retomados no início do século XIX, devido à chegada da Família Real ao Brasil.

Em se tratando do processo histórico de ocupação dos Campos de Guarapuava, define-se os conflitos sociais referentes à conquista, demarcação e posse de terras não são uma exclusividade de nossos tempos. Fato esse ressaltado na obra “A geografia das lutas no campo” de Ariovaldo Umbelino de Oliveira, na qual o autor informa que;

“Os povos indígenas foram os primeiros a conhecerem a sanha da terra dos colonizadores que aqui chegaram. Este genocídio histórico a que vêm sendo submetidos [...] não pode ficar de fora das muitas histórias de massacre no campo” (OLIVEIRA, 1994, p. 15).



Para o autor, as lutas das nações indígenas pela posse de seus tradicionais territórios frente à sociedade capitalista nunca cessou na história do Brasil. Diante disso, ao reconstituir a ocupação dos Campos de Guarapuava os indígenas que habitavam os campos desenvolveram estratégias diferentes para assegurarem a posse de suas terras.

O governo central pensava no aproveitamento dos indígenas que viviam nos “sertões” das fronteiras dos domínios espanhóis porque constituiriam a principal força e riqueza para a defesa nas mesmas fronteiras. Por isso a liberdade dos índios era lembrada na legislação já que com a aliança entre os portugueses sairiam da escravidão jesuítica e seriam governados pelos Generais e pelos chefes de suas respectivas nações, bem como “livres” e “senhores” das terras em que se estabelecessem (BELLOTTO, 2007, p. 62).

De acordo com Erneldo Schallenberger (2010), o Paraná, antes da sua constituição como província do Império brasileiro, representava um campo de tensão entre dois colonialismos e, posteriormente, entre estados nacionais emergentes com seus territórios em construção. Da fragmentação da territorialidade guarani resultou a fixação de outras culturas que ocuparam e delimitaram o espaço para fins de interesse econômico e político, estabelecendo fronteiras.

Do avanço da colonização espanhola e da frente missionária jesuítica resultou a constituição da Província do Guairá, que se estendeu do rio Paraná às cabeceiras do rio Tibagi, atingindo ao norte o Paranapanema e ao sul o Iguaçu, ocupando a maior porção do atual território paranaense. O Guairá tornou-se um espaço de convergência de dois colonialismos e uma fronteira de transgressão, de evangelização e de conquista. 

A destruição do espaço missioneiro Guairá pelo bandeirantismo gerou um vácuo entre as fronteiras territoriais do sul em disputa e o restante das possessões portuguesas na América. No tempo do Império houve um conjunto de ações políticas que buscavam dar conta da construção da unidade territorial através da fixação de fronteiras e da sua ocupação, problema que se arrastou pelo período republicano até a entrada do século XX.

Segundo Bellotto (1983), os sertões do Tibagi, assim era denominada a região que corresponde a grande parte do território da antiga Província do Guairá, estavam expostos à re-ocupação espanhola. Estrategicamente representaram o eixo de ligação e de integração entre os territórios portugueses do sul e os do oeste com o restante da Colônia. Por esta razão, com a restauração do governo autônomo da Capitania de São Paulo pelo rei de Portugal D. José I, em 1765, e a nomeação do governador Dom Luís Antônio de Souza Botelho Mourão, iniciou-se um período de definição e defesa das fronteiras e de organização de novas bandeiras, que, partindo de São Paulo e de Curitiba, se projetaram na direção dos rios Tibagi e Iguaçu, nas suas confluências com o Paraná, para:


“Consolidar o domínio das capitanias do Brasil pelos meios mais propícios e eficazes, não só enquanto estabelecimento de economia interior do mesmo Estado, mas, sobretudo, enquanto conservação e defesa dele contra os seus confinantes e orgulhosos inimigos” (BELLOTO, 1983, p. 65).


A referência teve como alvo a projeção dos espanhóis na direção das regiões de acesso pelo Paraná e Iguaçu, que manifestavam a clara intenção de apoderar-se da navegação do rio Paraná e de introduzir comércio ilícito e, ainda, de colocar os índios sob a obediência do rei (MACHÓN, 2013).

Para o governador da Capitania de São Paulo, os índios dos sertões deveriam constituir-se na principal força e riqueza para defender as fronteiras. No Plano ajustado entre o Governador e Capitão Geral de São Paulo, Dom Luis Antônio de Souza Botelho Mourão, e o Brigadeiro José Custódio de Sá e Faria para sustentar a posse da parte Meridional da América portuguesa, em 1772, reproduzido por Pereira (2003), está estampada a preocupação de ocupar a margem oriental do rio Iguaçu e a serra de Apucarana, antes que os castelhanos alegassem tratar-se de terras devolutas e que os jesuítas retornassem com os seus índios para ocupar o espaço missioneiro da Província do Guairá.

By: Gercilaine Rieling


Dupla acadêmica: Edilson Luis Fernandes; Gercilaine Rieling
Disciplina: Estudos Regionais
Profª Simone Monteiro



                                                                   REFERÊNCIAS



BAIA, Cinthian Aparecida. Estratégias De Ocupação De Terra E Relações De Poder Nos Campos De Guarapuava (1768-1853). Disponível em < http://sites.uem.br/pge/documentos-para-publicacao/dissertacoes-1/defesas-2012-pdfs/CinthianAparecidaBaia.pdf > Acessado em 02/08/2015 à16h04min.



SCHALLENBERGER, Erneldo. Do Guairá ao Paraná: fronteiras de conflito e territórios em construção < http://eeh2008.anpuh-rs.org.br/resources/content/anais/1209304291_ARQUIVO_DOGUAIRAAOPARANA.pdf > Acessado em 02/08/2015 às 16h10min.



D’ANGELIS, Wilmar da Rocha. Para uma história dos índios do oeste catarinense. Disponível em < http://seer.cfh.ufsc.br/index.php/sceh/article/viewFile/137/155 > Acessado em 02/08/2015 às 15h30min.

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